segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016

O VENDEDOR DE LENÇOS

Existe diferença entre ERUDIÇÃO e SABEDORIA.
Erudição é a qualidade da pessoa muito estudiosa, que se esmera no conhecimento profundo de determinado assunto.
Sabedoria é o ensinamento que tem alto grau de bom senso.
Há, todavia, uma diferença interessante entre essas duas qualidades, que diz respeito ao fato de que a Sabedoria, ao contrário da erudição, pode vir de qualquer pessoa, de um idoso, de um jovem ou até mesmo de uma criança, pois ela é uma qualidade que não está ligada ao estudo e sim à observação da verdade sobre determinado assunto.
Faz alguns anos eu conversava com um motorista de uma van, que estava trabalhando no transporte de pessoas nos finais de semana. Ele me dizia que trabalhava como empregado durante a semana, mas em suas folgas e finais de semana trabalhava como autônomo, no veículo que havia adquirido para pagamento em prestações de longo prazo. Disse-me que, muitas vezes, dormia dentro do veículo ou em locais improvisados, para não perder tempo na volta para casa. O sacrifício estava lhe dando a possibilidade de construir sua casa, criar, educar e manter seus filhos e esposa.
Quando admirei sua dedicação ele me disse uma frase muito marcante. Disse:
Na vida há pessoas que vivem chorando e aquelas que vendem lenços. Eu prefiro me enquadrar na segunda categoria.”
Refleti muito sobre o que aquele homem simples, mas sábio, mencionou e vi que ele está coberto de razão.
Percebi que há pessoas que “vivem chorando pelos quatro cantos do mundo” e que, no mais das vezes, não querem uma solução para seus problemas, pois elas não sabem viver de outro jeito. O “choro” vira um hábito, um modo de vida. Uma vez resolvido aquele problema, outro surgirá para que a pessoa se mantenha ocupada, continue com sua rotina de “choro”. Para essas pessoas não há saúde, amor ou dinheiro suficientes. Sempre haverá algo pelo qual devam se lamentar.
Há outras, ao contrário, as “vendedoras de lenços”, que têm “garra” em seu modo de viver. Elas têm problemas iguais ou maiores que as outras, mas adotam uma posição ativa. Tomam as rédeas de sua vida e decidem que irão se dedicar para fazer com que tudo melhore. Elas “tropeçam e caem”, mas se levantam novamente e continuam sua jornada.
E você, em que categoria de pessoas quer se colocar?


REFLITA A RESPEITO.

domingo, 6 de setembro de 2015

A COMPETIÇÃO DOS SAPINHOS

A COMPETIÇÃO DOS SAPINHOS
 
Vários sapinhos se reuniram em uma competição para ver quem conseguia subir em uma parede repleta de lama. Antes do início da competição todos já diziam que a missão era muito difícil, quase impossível. O primeiro começou a subir e logo escorregou. A plateia e os outros concorrentes diziam: “não falei que era impossível”. E assim foi acontecendo. Todos começavam e já ouviam o quanto a empreitada era difícil, caindo logo em seguida. Até que o último da fila foi subindo, subindo, subindo ... e chegou ao topo. Todos indagavam: “Como é que ele conseguiu isso?” Até que um daqueles que estavam na plateia disse: “É que ele é surdo”.
Você já pensou como a estória da fábula é uma realidade que se repete com frequência em nosso cotidiano?
Quantas vezes nos sentimos preparados para uma tarefa e, de repente, falhamos em nosso intento?
Você já notou que muitas vezes estávamos mesmo preparados, mas só fraquejamos porque acreditamos nos mais pessimistas, que “nos puxaram para baixo”.
A verdade é que, muitas vezes, para atingirmos um objetivo, precisamos apenas “ser surdos” às críticas, aos pessimistas, aos desanimados, aos que não acreditam em nós (e, muitas vezes, em ninguém), aos invejosos ou, simplesmente, àqueles que acreditam que todos os obstáculos são insuperáveis.
   
REFLITA A RESPEITO.

VOCÊ ESTÁ MESMO COM UM PROBLEMA?

O que é um problema?
Problema seria tudo aquilo que causa certa dificuldade e angústia nas atividades do dia-a-dia?
Não há dúvida de que a definição acima é uma das muitas e possíveis respostas para a indagação. Mas o que este comentário procura enfatizar é que, muito pouco, quase nada mesmo, do que rotulamos de problema é um problema mesmo.
Pegar um congestionamento e se atrasar para o trabalho ou no retorno para casa; tirar uma nota baixa em uma prova escolar; ver o pneu do carro furado; perder dinheiro em uma compra mal feita; discutir com um amigo ou parente; não conseguir acessar a internet, etc, etc. Todos esses fatos que nós dizemos que são problemas em nossa vida, na verdade nada mais são que situações que nos causam um desconforto emocional momentâneo. Dentro de algumas horas, dias, semanas ou meses nem mais nos lembraremos delas.
Certa vez um velho amigo me disse uma frase muito sábia. Mencionou que problemas são situações graves, tais como as de guerra, morte, peste e fome. Outras situações, no mais das vezes, não passam de contratempos momentâneos.
Na semana em que escrevo este artigo os jornais, telejornais e vídeos que circularam pela internet mostraram a figura do pequeno Aylan Kurdi, menino de três anos que apareceu morto, boiando em uma praia, quando a embarcação que sua família utilizou para tentar cruzar o mar entre a Turquia e a Grécia naufragou.
A cena, que comoveu o mundo, me fez relembrar as palavras daquele velho e sábio amigo. Aquela família tinha, realmente, um problema. Moradores da Síria, viviam sob um regime ditatorial. A situação se complicou quando o Estado Islâmico invadiu seu território. Depois, uma milícia ligada a um partido Curdo expulsou o Estado Islâmico do local, mas agora é bombardeada pelo exército turco. Para fugir do local, tentaram atravessar o mar para chegar a uma ilha grega, mas sua embarcação naufragou, levando à morte não apenas o pequeno Aylan, mas um outro filho de cinco anos e a esposa de Abdullah Kurdi. Tudo isso fez com que eu me sentisse envergonhado dos “problemas” que às vezes penso que tenho.
 
REFLITA A RESPEITO.

sexta-feira, 30 de novembro de 2012

NÃO DÁ, NÃO QUERO, NÃO GOSTO, NÃO SEI, NÃO POSSO


 

 
Diz um velho ditado oriental que é mais fácil mudar uma montanha de lugar do que modificar um hábito.
Qual será a razão disso?
Acredito que uma das principais razões seja porque, ao surgir uma nova oportunidade ou uma nova necessidade, sempre nos armamos da munição que possuímos e dizemos uma ou mais das expressões NÃO DÁ, NÃO QUERO, NÃO GOSTO, NÃO SEI, NÃO POSSO.
Pense a respeito disso e seja sincero. Quantas vezes quando esteve diante de algo “novo” você não procurou justificar para você mesmo que só não faria aquilo porque tinha uma dessas desculpas.
Posso não ser o maior expert nas coisas da vida, mas acredite em mim. Sua vida só mudará se você também mudar suas atitudes. Isto faz parte do ciclo da evolução do mundo. Portanto, se você não está satisfeito com algo em sua vida, planeje mudar. Sua mente procurará lhe colocar uma armadilha e, de imediato, uma das expressões acima surgirá em seu pensamento. Ao afastá-la, a mente lhe mandará outra mensagem, com uma das outras expressões. Você só conseguirá sair da inércia e realmente dar início a uma mudança em sua vida se você for forte e corajoso o suficiente para ter o domínio de suas emoções e passar a dizer EU QUERO. O restante virá naturalmente.
Boa sorte.
REFLITA A RESPEITO.

 

quarta-feira, 25 de abril de 2012

OS IGUAIS SE ATRAEM

Desde pequenos sempre ouvimos a afirmação de que "os opostos se atraem".
Se existe um fundo de verdade em tal afirmativa ela está ligada ao campo da física, mas não ao das relações humanas.
Assim, salvo raras exceções, nossas amizades e nossas relações matrimoniais são feitas com pessoas que escolhemos por nossas afinidades e não por nossas diferenças.
É certo que, muitas vezes, algumas diferenças de nossos amigos ou companheiros nos atraem. Assim, por exemplo, uma pessoa sedentária pode se encantar com uma esportista. Uma pessoa de pouco estudo pode se encantar com uma culta. Um artista pode gostar de uma pessoa sem habilidades. Todavia, essas relações só tem possibilidade de perdurar se existirem outras afinidades comuns, que se sobreponham às diferenças. Nos exemplos acima, os "diferentes" podem ter gostos comuns, como os de passear, viajar, ler, ir ao cinema, bater papo com os amigos, jogar cartas, cozinhar, etc. A prática tem demonstrado que um relacionamento que tem por base somente as diferenças entre pessoas tende a não perdurar e se dissolverá tão logo o "encanto das diferenças" acabar.
REFLITA A RESPEITO.

A FILOSOFIA DO COPO D'ÁGUA

Um antigo ditado oriental diz que é mais fácil mudar uma montanha de lugar do que modificar hábitos.
O ditado, se analisado sem qualquer rejeição prévia, nos faz ver que nele existe uma grande verdade. Para isso, basta que analisemos nosso comportamento e tentemos modificar o que pensamos e o que fazemos diariamente. Pode parecer fácil, mas, na maioria das vezes, só conseguimos mudar nossos hábitos por um período de poucos dias. No máximo pelo período de férias escolares ou do trabalho. Depois caímos na tentação de retornar à antiga rotina.
A rigor, não há nenhum problema nisso. Afinal, somos o que somos e o fato de seguirmos uma rotina nem sempre pode ser encarado como uma coisa ruim. Mas a questão que se coloca é quando nossa atividade diária, seja na vida pessoal, seja na atividade profissional, está fazendo mal para nossa saúde. Hoje é consenso na medicina que muitas doenças que nos acometem, inclusive muitas formas de câncer, se originam de uma insatisfação pessoal muito grande. São as chamadas "doenças psicossomáticas". Quando isso ocorre, é necessário constatar o que é que está prejudicando nossa saúde. Um bom psicoterapeuta poderá ajudá-lo a identificar o problema. E é aí que "a coisa pega". E se a insatisfação estiver ligada ao casamento, ao tipo de atividade profissional ou ao grupo de pessoas que o cercam? Como fazer para tentar resolver o problema se aquilo que nos faz mal normalmente corresponde ao que fizemos em grande parte de nosso tempo de vida?
Esta postagem não tem a intenção - e nem poderia - de diagnosticar ou resolver qualquer conflito mental. Seu caráter é meramente filosófico e tem por objeto fazer com que o leitor reflita sobre o fato de que para mudar qualquer tipo de comportamento é necessário que "esvaziemos o copo" de nossas atitudes. Assim, se você trabalha em um emprego que detesta e que está prejudicando sua saúde, de nada adiantará diminuir um pouco sua jornada diária. Não adiantará você "esvaziar um pouco o copo cheio", porque ele se encherá de novo rapidamente. Para que uma nova ideia ou um novo gosto brote em nossa mente é necessário que esvaziemos por completo nosso "copo d'água mental". Somente um copo vazio trará condições para que ele se encha novamente com outro ingrediente (nova profissão, novas companhias, novos hábitos, nova forma de encarar a vida, etc.).
A filosofia do "copo d'água" também pode ser perfeitamente aplicada àquelas pessoas que, involuntariamente, perderam o emprego que correspondia à atividade que sempre realizaram na vida e que dificilmente permitirá nova colocação profissional na mesma função (pense no mecânico de máquinas de escrever). Também se aplica aos próprios empresários, cuja atividade ficou obsoleta no mercado.
REFLITA A RESPEITO.

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

A SABEDORIA DA SIMPLICIDADE

Onde está a sabedoria?
Muitas vezes nós a procuramos junto às pessoas cultas, junto aos monges ou aos estudiosos das ciências. É surpreendente, todavia, como às vezes ela aparece em um local inesperado e nas palavras de uma pessoa de extrema simplicidade.
Na semana passada ouvi uma expresão que, se bem analisada, indica onde está grande parte do mal que aflige a sociedade atual.
Eu estava em um restaurante de beira de estrada quando ouvi o garçom, um senhor de uns sessenta e poucos anos, conversando com um grupo de clientes sobre a cidade do interior em que morava. Quando ele veio nos atender eu puxei conversa sobre aquele assunto e ele acabou por dizer que nascera "na roça", em um local bem próximo ao restaurante em que hoje trabalhava. Saudosamente ele começou a contar sobre as alegrias do tempo de infância.
Quando eu mencionei que, naquela época, nós não tínhamos muitas coisas, mas éramos bastante felizes, ouvi a expressão que mostrou a sabedoria daquele homem simples. Disse ele: "é porque nós não tínhamos ilusão".
Acho que ele não percebeu a profundidade do que disse, mas suas palavras são repletas de sabedoria.
Os muito jovens talvez não entendam o que eu vou dizer, porque cresceram em um ambiente diferente. Eu me lembro, todavia, de como era minha infância (e a de quase todas as crianças de minha época).
Não existia computador, notebook, netbook e internet. Telefone só com fio e em uma ou duas casas da rua. Para conseguirmos a instalação de um telefone em casa tínhamos que entrar em um "plano de expansão" e pagarmos o valor do telefone por uns dois ou três anos, dependendo da disponibilidade financeira. Depois disso ainda tínhamos que aguardar um bom tempo até a companhia telefônica resolver passar os cabos por nossa rua. Fica fácil imaginar, portanto, que telefone celular era coisa de ficção científica. Forno de microondas, lavadora de louças e secadora de roupas, nem pensar. Máquina de lavar roupas havia na casa de algumas pessoas mais afortunadas. Automóvel existia em apenas algumas casas e quando existia era um para a família toda.
Traçado esse panorama, fica fácil entender o que disse aquele homem humilde: "nós não tínhamos ilusão". Ilusão de que? Não pensávamos em consumir praticamente nada. Vivíamos um dia de cada vez. Brincámos na rua, chegávamos em casa, tomávamos um banho e, às vezes, assístíamos TV, que saía do ar às dez ou onze horas da noite, que era a hora de todos estarmos dormindo. Ninguém pensava em ganhar um telefone celular, um computador, um notebook ou navegar nas redes sociais.
Alguns podem estar dizendo: "nossa, como a vida era chata". Mas quem disse isso se enganou. Apesar de termos muito mais conforto e facilidade de aquisição de aparelhos elétricos, eletrônicos, veículos, etc., vivemos em agonia constante, sempre preocupados "com a próxima ilusão". É verdade. Assim que acabamos de adquirir alguma coisa que desejamos muito, passamos a nos concentrar na próxima aquisição, porque aquela já é fruto do passado e não  mais satisfaz "nossas necessidades". O que se vê, portanto, é que nos dias de hoje passamos a vida "correndo atrás de objetos que nos trarão a felicidade", que nunca é alcançada. É mais ou menos como a fábula do homem que amarrou uma vara com uma cenoura na frente da cabeça de seu cavalo. O cavalo não pára de andar porque quer alcançar a cenoura, mas ela nunca será alcançada.
O relato acima nos mostra porque somos tão ansiosos no dia de hoje. Mostra-nos, também, que a solução de grande parte de nossos "problemas" atuais esteja no fato de nos livrarmos de parte de nossas ilusões.
Reflita a respeito.